OBSERVADOR Lifestyle, edição Especial Viagens (na Nossa Terra), publica uma série de artigos nos quais selecciona e destaca o melhor que se tem, faz e produz por cá. O Projecto TASA foi um dos eleitos, e o "pião" e o "cabide galho", da autoria de Joana Cabrita Martins, tiveram direito a figura de destaque.
Técnicas Ancestrais Soluções Actuais. A sigla diz muito sobre o trabalho que é feito no TASA, um projecto que começou em 2010, por iniciativa estatal, mas que em 2013 passou para as mãos da Proactivetur, uma empresa de turismo sustentável. O objectivo manteve-se ao longo destes dez anos: chegar à raiz do artesanato para dignificar as artes tradicionais algarvias e não deixar morrer tradições.
"Os nossos produtos são utilitários porque acreditamos que o artesanato também pode servir as pessoas."
O projecto conta actualmente com 50 produtos no mercado e parcerias activas com mais de 50 artesãos. Cada peça é criada num trabalho conjunto entre estes artesãos e designers convidados. "Não é o designer que vem com as ideias feitas e as materializa, há muito estudo para que os produtos desenhados combinem técnicas tradicionais com um carácter utilitário e um toque de inovação. "Nessa fase de investigação, e ainda antes do desenho propriamente dito, os designers são desafiados a conhecer os artesãos, as suas oficinas, os materiais e a evolução de cada peça ao longo da história.
As técnicas são ancestrais mas as peças são concebidas para os dias de hoje: candeeiros, almofadas, cestos, jarras, taças, cadeiras, malas, mochilas e até bonecas.
"Os nossos produtos são utilitários porque acreditamos que o artesanato também pode servir as pessoas", diz Graça. Quanto aos materiais, são escolhidos maioritariamente os que têm uma presença histórica no Algarve: o barro, a palma, a cortiça, o linho e vários tipos de madeiras - que são também os mais utilizados pelos artesão algarvios.
"É importante perceber que o artesanato é trendy e é digno."
Além dos produtos que o TASA cria e comercializa, há ainda um trabalho paralelo no sentido de manter vivas as tradições: experiências para turistas que queiram aprender sobre artesanato e também acções de transmissão de conhecimentos entre mestre e aprendiz, cujo objectivo é formar novas gerações. "É importante perceber que o artesanato é trendy e é digno.", conclui a coordenadora do projecto. "E que pode ser feito com um selo sustentável, ético e cultural."
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